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Christiano Stockler das Neves

  • Foto do escritor: ACR 113
    ACR 113
  • 25 de out. de 2023
  • 10 min de leitura

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Biografia


Nascido em 1889, no município de Casa Branca, no interior de São Paulo, Christiano Stockler das Neves, filho do renomado engenheiro Samuel das Neves, foi um arquiteto e político notável que atuou majoritariamente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Entre seus principais projetos destacam-se a Estação Júlio Prestes, o Museu de Zoologia da USP, o Edifício Sampaio Moreira, o Palácio Duque de Caxias e o projeto do Edifício Lellis, o mais antigo prédio residencial da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.



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Edifício Lellis, em Copacabana



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Museu de Zoologia da Usp



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Edifício Sampaio Moreira, em São Paulo



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Palácio Duque de Caxias, sede militar no Rio de Janeiro



Ingressou no curso de engenharia e arquitetura da Escola Politécnica de São Paulo em 1907 e, insatisfeito com o curso e seguindo conselhos de George Krug, arquiteto colaborador no escritório de seu pai, tentou por duas vezes transferir sua graduação para o Instituto de Belas Artes da Universidade da Pensilvânia. Somente após realizar provas de desenho à mão livre e história da arquitetura foi admitido no instituto, em 1909.

Foi só depois de se formar em 1911 e passar seis meses na Europa, como era de costume para os jovens de famílias abastadas da época, Christiano voltou ao Brasil em 1912 e começou a trabalhar no escritório de seu pai, um dos mais conceituados da capital paulista. Paralelamente, tornou-se professor da Faculdade Presbiteriana Mackenzie, onde, em 1915, propôs à direção do curso a criação de um curso de graduação em arquitetura aos moldes da Escola de Belas Artes. Diante do sucesso da criação de uma turma experimental em 1916, no ano seguinte o Curso de Arquitetura e Engenharia foi oficializado, com Neves ocupando a cadeira de diretor.

Em 1921 foi sócio fundador do Instituto de Arquitetos do Brasil e em 1930, do Instituto Paulista de Arquitetos, órgãos representativos dos quais foi membro ativo até a época de sua morte. Nessa época, recebeu reconhecimento internacional como o prêmio de honra do 3º Congresso Pan-Americano de Arquitetura, realizado em Buenos Aires, pelo projeto da Estação de Ferro Sorocabana - atual Estação Júlio Prestes - e a medalha de ouro no 4º Congresso Pan-Americano de Arquitetos pelo conjunto de sua obra.

Em março de 1947 foi indicado para o cargo de prefeito de São Paulo por Adhemar de Barros, então governador do estado. Entretanto, após criar a Comissão do Plano Diretor e o Departamento de Arquitetura e a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), deixou o cargo em agosto do mesmo ano devido à insatisfação causada pelo aumento do valor da tarifa do transporte público.

Em 1957 saiu de seu cargo de diretoria na Mackenzie e se aposentou. Christiano morreu aos 93 anos, em São Paulo.


Lista de projetos:

  • Colônia de férias para a Força Policial - São Vicente (SP), 1943;

  • Hotel Municipal de Campinas - Campinas (SP), 1932;

  • Anexo do Hotel dos Estrangeiros - S/L, 1914;

  • Reforma da residência de Salvador Santos - Petrópolis (RJ), S/D;

  • Residências para vila operária pertencente a Riskallah Jorge - São Paulo (SP), 1918;

  • Vila de casas operárias para Constança Pereira de Carvalho – São Paulo (SP), 1933;

  • Residência para Sampaio Moreira – Santos (SP), 1937;

  • Residência para o senhor Raul Pompeu – São Paulo (SP), 1925;

  • Residência para o Major Coimbra – São Paulo (SP), 1943;

  • Residência para o senhor Ricardo – S/L, S/D;

  • Residência para o senhor Paulo Prado – São Paulo (SP), S/D;

  • Residência para o senhor Pedro Pontual – São Paulo (SP), S/D;

  • Casas populares para a senhora D. S. Mello Freire – São Paulo (SP), 1937;

  • Residência para Martins Ferreira – Rio de Janeiro (RJ), S/D;

  • Residência para o senhor Justino Worms – São Paulo (SP), 1925;

  • Residência para o senhor Justino Worms – São Paulo (SP), 1931;

  • Residência para o senhor José Medina – São Paulo (SP), 1941;

  • Palacete para o senhor Jorge Maluf – São Paulo (SP), 1918;

  • Residência para o senhor Edgardo Azevedo Soares – São Paulo (SP), 1919;

  • Palacete Edgardo Azevedo Soares – São Paulo (SP), 1926/27;

  • Residência para o senhor Conde Queirolo – São Paulo (SP), S/D;

  • Residência para o senhor Major Manoel Estol Nogueira – S/L, S/D;

  • Residência para o senhor Leovegildo Freire Dias Vieira – S/L, S/D;

  • Casas operárias Vila Lucinda para a Fábrica Lucinda – São Bernardo do Campo (SP), 1927;

  • Residência Eugênio Lefèvre Júnior – S/L, 1916;

  • Residência Eugênio Lefèvre – S/L, S/D;

  • Residência para o senhor Eugênio Lefèvre – São Paulo (SP), 1917;

  • Casas operárias para a senhora Constança Pereira de Carvalho – São Paulo (SP), S/D;

  • Residência para Antenor Vaz de Lima – São Paulo (SP), S/D;

  • Residência Alcântara Machado – São Paulo (SP), S/D;

  • Bangalô para Henrique O. de Miranda – Rio de Janeiro (RJ), 1920;

  • Residência para o senhor Adolfo Camargo Neves – Valinhos (SP), 1945;

  • Edifício à Rua Turiassú esquina com a Rua Traipú – São Paulo (SP), 1946;

  • Edifício residencial para o senhor Manuel Vieira Neto – São Paulo (SP), 1954;

  • Edifício residencial para o Instituto Mackenzie – São Paulo (SP), 1954;

  • Edifício residencial para o senhor Eduardo Medeiros – São Paulo (SP), 1947;

  • Edifício Domingos Lellis – Rio de Janeiro (RJ), 1931;

  • Edifício residencial para o senhor Adolfo Nandy Filho – São Paulo (SP), 1947;

  • Edifício residencial para o senhor Ademar de Barros – Campos do Jordão (SP), 1947;

  • Edifício residencial Júlio Caminha – São Paulo (SP), 1944;

  • Edifício comercial para o senhor Justino Worms – São Paulo (SP), 1944;

  • Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ), 1915;

  • Faculdade de Arquitetura Mackenzie Higienópolis – São Paulo (SP), 1956;

  • Escola de Guerra Naval (Concurso) – Rio de Janeiro (RJ), 1953;

  • Departamento e Escola de Educação Física – São Paulo (SP), 1943/46;

  • Diocese de São Paulo – São Paulo (SP), S/D;

  • Ginásio para Bauru – Bauru (SP), S/D;

  • Estrada de Ferro Ligando a São Paulo Railway a Estrada de Ferro Oeste de Minas – S/L, S/D;

  • Ferrovia: desvios para a São Paulo Railway na Mooca – São Paulo (SP), S/D;

  • Fonte de Água Magna – Taubaté (SP), 1941;

  • Terrenos da Companhia Suburbana Imobiliária – S/L, 1959;

  • Parque Ibirapuera: estudo – São Paulo (SP), 1951;

  • Paço Municipal no Anhangabaú: estudo – São Paulo (SP), 1946;

  • Prefeitura Municipal de Sorocaba – Sorocaba (SP), S/D;

  • Departamento de Zoologia do Estado (Atual Museu de Zoologia da USP) – São Paulo (SP), 1940;

  • Correios e Telégrafos de Petrópolis – Petrópolis (RJ), 1922;

  • Dormitórios para o Instituto Mackenzie à Rua da Consolação – São Paulo (SP), S/D;

  • Edifício para senhora Adélia Taufi Maluf – São Paulo (SP), 1926/33;

  • Edifício Comercial Catende – Recife (PE), 1944;

  • Edifício comercial Mezão Frio – São Paulo (SP), 1944;

  • Edifício comercial da Rede Sul Mineira de Cruzeiro – S/L, S/D;

  • Edifício Sampaio Moreira – São Paulo (SP), 1924;

  • Edifício comercial para o senhor Manuel de Barros Loureiro – São Paulo (SP), 1933;

  • Edifício comercial do Automóvel Club – São Paulo (SP), 1944

  • Edifício comercial para o senhor Paiva Azevedo – São Paulo (SP), 1912;

  • Caixa Econômica Federal - Agência Brás – São Paulo (SP), 1944;

  • Estação Inicial da Estrada de Ferro Sorocabana ( Estação Júlio Prestes) – São Paulo (SP), 1926;

  • Estação do Norte à Rua de Almeida Lima (Largo da Concórdia), de propriedade da Estrada de Ferro Central do Brasil – São Paulo (SP), 1922;

  • Armazém regulador em Catanduva do Departamento Nacional do Café – São Paulo (SP), 1933;

  • Garagem para o hotel da Companhia Guarujá – S/L, 1918;

  • Fábrica Companhia Acumuladores Prestolite – S/L, 1932;

  • Fábrica Silex no Ipiranga: ampliação – São Paulo (SP), S/D;

  • Fábrica de tecidos Ampélio Zocchi – São Paulo (SP),1951;

  • Hospital de clínica psiquiátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), 1952;

  • Hospital de Psicopatas de Araraquara – Araraquara (SP), 1963/64;

  • Hospital de Psicopatas de Botucatu – Botucatu (SP), 1960/64;

  • Hospital da Real Beneficência Portuguesa – São Paulo (SP), 1942.



Museu de Zoologia da USP - São Paulo


Ficha técnica:

  • Localização: São Paulo - SP;

  • Endereço: Avenida Nazaré 481- São Paulo - SP - Brasil

  • Tipologia de Uso: Museu;

  • Período de Execução: 1940 - 1942;

  • Inauguração: 1942;

  • Padrão Arquitetônico: Art Déco;

  • Projeto de Arquitetura: Christiano Stockler das Neves;

  • Área construída: 5.100 m².


O projeto do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, uma referência no estudo da arquitetura e museologia, foi voltado para o atendimento das exigências museológicas do final dos anos 30. De forma bastante direcionada, o arquiteto buscou com pontualidade criar um projeto que englobasse o uso de coleções zoológicas em um só edifício.



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Fachada principal do edifício



Se inspirando em modelos de distribuição e organização dos museus daquela época, Stockler projetou o museu art déco como morada para acervos que pertenciam ao Museu Paulista. Hoje, o edifício vem ampliando seus materiais que servem para o estudo da biodiversidade brasileira e mundial.


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Acervo zoológico para pesquisa no Museu de Zoologia.


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Primeira exposição o edifício do Museu de Zoologia



Do ponto de vista estético, é possível notar no Museu de Zoologia uma tradição herdada do pai de Christiano das Neves que reflete um estilo eclético e suas incursões pelo art déco.


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Fachada do Museu de Zoologia.



Em um contexto de crescimento econômico, o Museu refletiu uma secretaria mais forte do governo, também no sentido político, que permitiu sua construção. Era esperado da obra que houvesse um equilíbrio entre o tradicional e o novo, proveniente de pesquisas e avanços científicos, além de compromisso pedagógico com o público que viesse a visitar a localidade e, primordialmente, a asseguração da preservação da zoologia.



Análise do entorno


O museu de Zoologia foi constituído no Parque da Independência, patrimônio histórico e cultural brasileiro, que compõe, junto com os demais edifícios, um complexo que desempenha atividades de pesquisa, educação, saúde e assistência social. O edifício se encontra em um lote de esquina entre a avenida Nazaré e a rua Padre Marchetti, na parte sul em relação ao Museu Paulista.


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Vista aérea do Parque da Independência, em destaque o Museu de Zoologia.



Análise da obra


O edifício é dividido em quatro pavimentos, com uma área construída de 5.100 m². A edificação construída mede 52 x 52 metros, enquanto está inserida num lote de 62,15 x 81,5 metros.

O primeiro pavimento é o subsolo do edifício, que foi constituído devido a declividade do terreno. O espaço é destinado a salas, depósitos de livros e almoxarifados, além de ser onde está localizado o reservatório de água do edifício. O acesso é feito do andar térreo até o subsolo através de escadaria e por meio de uma entrada na fachada posterior.

O térreo, correspondente ao segundo pavimento da edificação, é dividido em duas áreas: uma de acesso público e uma de acesso restrito. O andar é ocupado por áreas de pesquisas, de coleções, da biblioteca, da administração e do salão para exposição, além dos sanitários.

No primeiro andar o acesso é feito através de escadas localizadas na área central do piso. O espaço se constitui basicamente de salas de coleções e locais de assistência, além de um sanitário à direita da escadaria.


No segundo andar, a partir do acesso da escada, encontram-se à direita os sanitários, salas administrativas e de coleções e pesquisas; a parte em relação à fachada frontal e o lado esquerdo são compostos por salas.




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Planta do subsolo do Museu de Zoologia.



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Planta do andar térreo do Museu de Zoologia.



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Planta 1° andar do Museu de Zoologia.



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Planta do 2° andar do Museu de Zoologia.



Em relação a volumetria, percebe-se que o edifício propõe uma constância da forma por meio de um volume estruturado em planta com justaposição. Essa característica evidencia a tendência neoclassicista de Stockler das Neves, uma vez que objetiva a simplicidade e a solidez. Também é possível identificar a arquitetura Art Déco do Museu de Zoologia através da disposição geométrica de formas retangulares, linhas retas e ornamentos. Na fachada principal do Museu, é possível identificar o caráter simétrico das formas, evidenciado pelo ritmo gerado pela alternância de janelas e a repetição de espaços regulares, além de elementos figurados dispostos com a intenção de compor um conjunto ornamental que representa a ilustração da zoologia na edificação.



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Fachada principal do Museu de Zoologia.



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Fachada lateral do Museu de Zoologia.



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Corte lateral do Museu de Zoologia.




Sampaio Moreira - São Paulo


Ficha técnica:

  • Localização: São Paulo – SP;

  • Endereço: Rua Líbero Badaró, nº 346 - Sé - São Paulo - SP - Brasil

  • Tipologia de Uso: Comércio e serviços;

  • Período de Execução: 1922 - 1924;

  • Inauguração: 1924;

  • Padrão Arquitetônico: Ecletismo;

  • Tombamento: 1992;

  • Projeto de Arquitetura: Christiano Stockler das Neves, Samuel das Neves;


Na antiga São Paulo, nascia a sede por modernização, e com ela prédios altos se tornaram cada vez mais comuns. A edificação “Sampaio Moreira”, inaugurada em 1924, tornou-se símbolo da gênese de uma São Paulo-metrópole, que bebia de fontes europeias e americanas para sua construção. Além de ser o arranha-céu pioneiro da cidade, foi o primeiro prédio alto a ser construído em concreto armado, e portanto, parece ditar o que viria a ser a região central paulistana.


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Edifício Sampaio Moreira durante as obras.


O prédio com fins comerciais, encomendado pelo empresário José Sampaio Moreira, chama atenção pela sua estética única, primorosa e detalhada que incorpora principalmente traços ecléticos, com referências ao art nouveau e neoclássico- possui decorações típicas Luís XVI.

No andar térreo, o Sampaio Moreira abriga, desde sua inauguração, a tradicional Mercearia Godinho que hoje é considerada patrimônio imaterial da cidade de São Paulo. Já os andares superiores, durante o período em que o edifício funcionava, eram preenchidos por escritórios de profissionais autônomos entre eles ouvires, arquitetos, engenheiros e advogados.



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Edifício Sampaio Moreira - Térreo.

De um ponto de vista arquitetônico, o edifício possui uma estrutura rica em detalhes, e mesmo após a reforma estrutural que sofreu em 1990, ainda preserva admiráveis singularidades como por exemplo os pergolados com colunas clássicas na cobertura. O modelo da fachada, que se modifica ao longo dos andares, é um dos elementos marcantes da edificação.



Análise da obra


O edifício foi construído com concreto armado e possui uma área de 5360 m² construídos em um terreno de 596 m², além de 12 andares e 50 metros de altura. Ao todo, o prédio comporta 180 salas comerciais, e em cada um dos andares se encontravam 15 pequenas salas comerciais, com aproximadamente 15 m² cada. O prédio é subdividido em duas alas, separadas por um poço de ventilação, constituída por três elevadores e escada. Os banheiros são coletivos e estão concentrados em um lado do poço de ventilação.



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Poço de ventilação do edifício.



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Planta do sétimo pavimento


Na planta abaixo, é possível perceber a distribuição das 15 salas por andar e os banheiros, além da configuração da fachada do 8º, 9º e 10° pavimento.


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Detalhamento da base do edifício.



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Vista aérea da região do Vale do Anhangabaú, em destaque o Edifício Sampaio Moreira.



O edifício possui um formato em “C”, contendo as salas distribuídas para a frente e para o fundo, os banheiros concentrados no lado esquerdo e a abertura para ventilação e iluminação para o lado direito.


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Vista aérea do edifício.



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Fonte: Uol



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Corte do Hall do edifício.


No ano de 1990, o edifício passou por uma grande reforma e restauro estrutural, com argamassa tingida sendo utilizada na fachada térrea e quartzito como revestimento no restante da fachada. Além disso, foram mantidas características como a escadaria de mármore e as esquadrias das janelas feitas de pinho de riga.




Referências:


Christiano Stockler das Neves | Arquivo Arq. Disponível em: <https://arquivo.arq.br/profissionais/cristiano-stockler-das-neves>. Acesso em: 19 out. 2023.


ARTE, E. DE. Christiano Stockler das Neves - Obras, biografia e vida. Disponível em: <https://www.escritoriodearte.com/artista/christiano-stockler-das-neves>. Acesso em: 19 out. 2023.


Edifício Sampaio Moreira. Disponível em: <https://www.estilosarquitetonicos.com.br/edificio-sampaio-moreira/>.


Edifício Sampaio Moreira | Arquivo Arq. Disponível em: <https://arquivo.arq.br/projetos/edificio-sampaio-moreira>.


SILVA, M. C. da. Christiano Stockler das Neves e o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. 2006. 275 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.


 
 
 

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