Nimbu Arquitetura
- ACR 113
- 15 de dez. de 2021
- 6 min de leitura
Atualizado: 27 de dez. de 2021

Figura 1
Fonte: https://instagram.com/ericamatt0s?utm_medium=copy_link
O Nimbu é um coletivo de arquitetura, ou seja, um espaço que reúne diferentes arquitetos para a produção de arquitetura e pensamento sobre a cidade, foi formado no ano de 2010 em Florianópolis, SC, com a junção de seis estudantes recém formados e com o objetivo de realizar projetos integrando arquitetura, design, arte e comunicação. Nessa fase inicial, faziam parte os arquitetos Diego Fagundes, Erica Mattos, Cecilia Kleine, Juliana Barbi, Kendra Neumann e Marisa Moraes.
Em 2015, o estúdio migrou para Belo Horizonte devido ao ingresso de Diego Fagundes no mestrado e a admissão de Erica Mattos como professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. A partir daquele ano, apenas os dois continuaram a fazer parte do Nimbu. Segundo eles, o projeto atualmente se trata de um “estúdio colaborativo e aberto”.
Além de projetos de arquitetura residencial, comercial e institucional, o estúdio também realiza projetos para cenografias e de eventos, projetos de design de interfaces, processos, espaços e objetos interativos, identidades visuais, ilustrações editoriais e autorais e pesquisa e investigações em ensino e aprendizagem envolvendo cultura hacker, critical making e cibernética.
O estúdio participa também de diversos concursos de arquitetura com seus projetos e já receberam prêmios: em 2012 ficou em terceiro lugar no concurso “Internacional Architecture Pavilion Competition”, com o projeto Sky Light Pavilion, Arhitekton Magazine e receberam menção especial com o projeto Play-u-all, no Concurso “Amsterdam Children's playschool, Archmedium”.
Suas referências principais e inspirações são o estúdio de design Bureau Spectacular, o arquiteto Andrés Jaque e o atelier Bow Bow.
O estúdio participa também de diversos concursos de arquitetura com seus projetos e já receberam prêmios: em 2012 ficou em terceiro lugar no concurso “Internacional Architecture Pavilion Competition”, com o projeto Sky Light Pavilion, Arhitekton Magazine e receberam menção especial com o projeto projeto Play-u-all, no Concurso “Amsterdam Children's playschool, Archmedium”.

Figura 2
Fonte:http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
A arquiteta Erica Mattos, além de possuir graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), tem mestrado em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014) e doutorado em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019). Além de ser co-fundadora do estúdio Nimbu, a profissional é também um dos membros fundadores da associação sem fins lucrativos Tarrafa Hacker Clube, um laboratório comunitário na cidade de Florianópolis.

Figura 3
Fonte:http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
O segundo membro do Nimbu, o professor, pesquisador, arquiteto e ilustrador Diego Fagundes, nascido em Porto Alegre, RS (1985) e que atualmente reside em Belo Horizonte, MG. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010), mestre (2014) pelo programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade (PGAU-CIDADE/UFSC) e doutor (2021) pelo Núcleo de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (NPGAU/UFMG). É, também, um dos fundadores do hackerspace Tarrafa Hacker Clube e co-fundador e coordenador do Nimbu estúdio colaborativo de arquitetura.
Alguns projetos do Nimbu:
2010, Reforma casa Jurerê, Florianópolis, Brasil
2010, A house for Walter Benjamin, Paris, França.

Figura 4
Fonte:http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
2011, Estudo para casa córrego grande, Florianópolis, Brasil
2012, Reforma Cond. Montreal, Florianópolis, Brasil
2012, Sky Light Pavilion, Florianópolis, Brasil

Figura 5
Fonte:http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
2012, Museum of contemporary art, Buenos Aires, Argentina.
2013, Laboratório de Inovações Urbanas, Diversas Localidades.
2013, Cobertura do Vão Central do Mercado Público de Florianópolis
2014, Pop-Up Bazar, Diversas Localidades.
2014, Hack (public space), Diversas Localidades
2015, Reforma Casa Agronômica, Belo Horizonte, Brasil.
2015, Apartamento Serramares, Belo Horizonte, Brasil.
2016, Play-U-All, Amsterdam, Holanda.

Figura 6
Fonte:http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
Cobertura do Mercado Público de Florianópolis

Figura 7
Fonte: http://nimbu.com.br/site/trabalhos.php
Equipe: Diego Fagundes, Erica Mattos, Romullo Baratto Fontenelle, André Stahnke, Eduardo Souza, Felipe C. Finger e Thiago De Mello Brito
Tipo: Arquitetura | Concurso
Data: 2013
Local: R. Jerônimo Coelho, 60 - Centro, Florianópolis - SC, 88010-030, Brasil

Figura 8
Fonte: https://ndmais.com.br/noticias/enquete-para-escolher-horario-de-funcionamento-do-novo-mercado-publico-de-florianopolis/
O Mercado Público de Florianópolis fica localizado na rua Jerônimo Coelho, centro da cidade, onde todos os dias, há 132 anos, acolhe centenas de pessoas que usufruem do espaço repleto de atrativos como cafés, bares, restaurantes e lojas. O terreno onde se situa é plano, e a construção, hoje tombada como patrimônio histórico, passou por diversas reformas ao longo do tempo, todas preservando seu padrão arquitetônico. O pátio central do mercado, e alvo do projeto do Nimbu, é local de encontro e palco de eventos gastronômicos, culturais ou musicais, onde as pessoas podem se sentar em grupo e aproveitar um dos espaços mais democráticos de Florianópolis, de acordo com o próprio povo florianopolitano, ou “manezinho”.

Figura 8
Fonte:https://3dwarehouse.sketchup.com/model/464e0ebc122713f7b8f4dad3747496a5/Mercado-P%C3%BAblico-de-Florian%C3%B3polis?hl=en
O projeto para a cobertura do pátio central tem como base um espaço plano que pode ser explorado dentro dos limites inalteráveis da construção tombada. Por essa questão, a instalação possui seu apoio no chão, onde fica presa a dois trilhos localizados nas extremidades laterais do pátio, que permitem o movimento sanfonado que é proposto na obra.

Figura 9
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Figura 10
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Figura 11
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A fim de potencializar as relações que acontecem ao nível do chão, a obra se mostra versátil e dinâmica composta por lâminas que se movem através dos trilhos, podendo ser agrupadas, dispersas e recolhidas de acordo com a necessidade do público, seja a instalação de mesas e cadeiras, um palco para shows, ou até mesmo obras de arte para exposição.

Figura 12
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Figura 13
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Figura 14
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Todas as lâminas são compostas de um material acrílico na cor branco leitoso e possuem formatos variáveis e ondulatórios que proporcionam uma visão artística aberta a interpretações à medida que seu movimento transforma o espaço através da passagem de luz através delas e projeção de sombra. Elas são sustentadas por pórticos metálicos ligados ao trilho e se conectam entre si através de tubos. No interior, cada lâmina possui uma fita led que mantém o ambiente colorido ou dá a possibilidade de adaptação de diferentes luzes para diferentes necessidades de cada evento, tornando todas as experiências, seja diurna ou noturna, divertidas e atraentes para fotos memoráveis.

Figura 15
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Figura 16
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Figura 17
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Museu de Arte Moderna de Buenos Aires

Figura 18
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Equipe: Diego Fagundes, Erica Mattos, Paula Franchi e Romullo Baratto
Tipo: Arquitetura/Concurso
Data: 2012
Local: Av. Alicia Moreau de Justo, Buenos Aires
O projeto do Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires foi feito com a intenção de potencializar a capacidade do espaço do museu original como um local de encontro e criação de novas relações, além de ser um lugar para cultura e educação. No museu tradicional, havia uma separação de espaços e papéis que dificultava essa integração de atividades. Portanto, o projeto propõe a dualidade do espaço, coexistindo diferentes espaços para exibição e produção de arte através de módulos de produção situados nos dois últimos andares.

Figura 19
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A função destes módulos de produção seria fortalecer essa característica mutante da arte, apresentando-a para além de uma obra finalizada, mas como um processo. Assim, o espetáculo inclui a interação e a presença do público.
O edifício é um grande volume retangular, que possui um acesso principal que incorpora o fluxo natural da calçada de Puerto Madero, tornando a área entre café e a recepção em uma grande praça. O primeiro espaço (mais próximo do térreo) é todo envidraçado, como uma grande caixa de vidro suspensa por pilotis. Ao centro do edifício, há o ambiente com o pé direito mais alto, que cruza todos os níveis.

Figura 20
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O acesso principal, conduz o fluxo da ponte para as salas de exposição superiores, que são acessíveis aos pedestres e a edifícios em uma rua.

Figura 21
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Na fachada, podemos observar o uso abundante de vidro e metal. O vidro envolve todo o volume do primeiro espaço e a fachada das outras áreas. No ponto mais alto da fachada, há uma treliça que atravessa o edifício de uma ponta a outra, além de uma tela, que cobre metade da treliça. O fato de a edificação ter tantas aberturas, passa a impressão de um local que não isola o interior do edifício da rua, que era a intenção do projeto.

Figura 22
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O museu é organizado em diversas áreas de exibição e espaços públicos, alguns combinados, outros separados e uma área de exibição ao ar livre.

Figura 23
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No nível térreo da construção, temos o hall de entrada, um estoque, um vestiário, escadas, um café (local de venda de comida), uma loja de lembranças e uma administração.

Figura 24
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Já no primeiro andar, há escadas, vestiário, um espaço multifuncional à frente, à esquerda da escadaria tem uma galeria, e à direita um auditório.

Figura 25
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No segundo andar, temos a escadaria, vestiário, uma galeria à frente e uma área multifuncional à direita.

Figura 26
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No terceiro andar temos uma escadaria, um vestiário, uma galeria e um espaço multifuncional.

Figura 27
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A cobertura do edifício é um local de exibição ao ar livre. Possui uma escadaria, uma área de canteiros, vegetação e esculturas.

Figura 28
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Figura 29
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Figura 30
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Figura 31
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