Roberto Burle Marx
- ACR 113
- 3 de jun. de 2022
- 13 min de leitura
Atualizado: 21 de jul. de 2022
O mais influente paisagista brasileiro - e um dos maiores do mundo.
Post elaborado por: Anna Carolina D. Tavares Fernandes, Elizângela Pereira da Conceição, Manar Andrawes e Morgana Botelho

Nascido em São Paulo e crescido no Rio de Janeiro, Roberto Burle Marx herdou da mãe - Cecília Burle - o interesse pela botânica, cultivando o próprio jardim na casa da família durante a infância passada no bairro do Leme.
Em 1928, em busca de um tratamento para um problema nos olhos, Burle Marx viajou para a Alemanha - terra natal do pai, Wilhelm Marx -, onde residiu por um ano e teve contato com os movimentos artísticos vanguardistas. Foi, porém, o Jardim Botânico de Dahlen, em Berlim, que despertou seu fascínio pelas vegetações nativas do Brasil, de maneira que, ao regressar, Burle Marx passou a coletar e cultivar plantas diversas da flora local.
A Escola Nacional de Belas Artes foi a base da formação do paisagista, tendo estudado pintura e arquitetura, e convivido, durante esse período, com aqueles que viriam a ser alguns dos maiores nomes da arquitetura moderna no Brasil - como Niemeyer e Hélio Uchôa.
Não concluiu a formação, tendo abandonado o curso quando da exoneração de Lúcio Costa da direção da escola. Foi aluno também do pintor Cândido Portinari e do escritor Mário de Andrade, além do botânico Melo Barreto, tendo orientado-se definitivamente para o paisagismo.
Desenvolveu seu primeiro projeto a pedido de Lúcio Costa, elaborando um jardim para uma residência projetada pelo amigo e colega de profissão, e no ano seguinte, 1934, foi nomeado diretor de Parques e Jardins de Recife - setor vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco.
Na capital pernambucana Burle Marx desenvolveu mais de dez praças durante seu período à frente da diretoria para a qual foi convidado, entre as quais a Praça da República, e em 1937 criou o primeiro parque ecológico nacional.
Nos anos seguintes de sua carreira, alternou sua atuação como pintor e paisagista, tendo desenvolvido jardins para o edifício do Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro (1937), e projetos paisagísticos de grande escala, como a Pampulha (1940), o Parque do Ibirapuera (1954), o Museu de Arte Moderna do Rio (1955), Eixo Monumental de Brasília (1958), o Aterro do Flamengo (1959), entre outros internacionais.

Em 1949, Burle Marx comprou um sítio no Rio de Janeiro que, atualmente, consta com mais de 400 mil metros quadrados. Não apenas o paisagista residia no sítio, como fez dele o acervo de uma rica coleção botânica, tendo cultivado mudas de variadas espécies.
Burle Marx doou o sítio ao governo federal em 1985, na intenção de garantir a preservação do local, a manutenção das pesquisas ali desenvolvidas, e promover o compartilhamento do espaço existente e do conhecimento botânico reunido com a comunidade. O local foi renomeado como Sítio Roberto Burle Marx.
Foi um artista multidisciplinar, responsável por criar uma linguagem única no paisagismo brasileiro com uso de flora nativas. Por meio da mescla de arquitetura, ecologia, botânica e arte em seus projetos, Burle Marx atuou à frente de seu tempo, abrindo caminhos para uma construção multidisciplinar da paisagem.
Fig. 3 a 5 (da esq. para a dir.): Burle Marx em seu ateliê; um desenho de projeto feito pelo paisagista; foto de Burle Marx ao lado de um de seus quadros.
Foi um defensor da necessidade de uma arquitetura sustentável, reinventou a conexão arquitetônica com a vegetação, dando ênfase ao uso de espécies locais e fazendo da flora brasileira uma vitrine para o paisagismo internacional.
Para além da Comenda da Ordem do Rio Branco, recebida do Itamaraty, Burle Marx também foi laureado com o título de Doutor Honoris Causa pela Academia Real de Belas Artes de Haia (Holanda) e pelo Royal College of Arts, em Londres, que o considerou o maior paisagista do mundo.
Faleceu em 1994, com 84 anos. Após sua morte, o sítio que doara ao Estado passou à gestão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN; atualmente, o sítio Roberto Burle Marx abriga mais de três mil espécies e recebeu, em 2021, o título de Patrimônio Mundial da Unesco.
Estima-se que Burle Marx tenha desenvolvido mais de mil projetos paisagísticos - o acervo de seu instituto conta com mais de três mil croquis e desenhos do paisagista. Abaixo, listam-se alguns de seus principais projetos.
Lista de projetos
Jardim da família Schwartz, no Rio de Janeiro (1932);
Projeto de Lúcio Costa e Gregory Warchavchick.
Praças e jardins públicos, em Recife, Pernambuco (1934-37);
Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (1935);
Equipe Multidisciplinar composta por Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira, com consultoria de Le Corbusier.
Parque Ecológico do Recife, em Recife, Pernambuco (1937);
Azulejos do hall de entrada do Edifício Prudência, em Higienópolis, São Paulo (1944);
Projeto de Rino Levi, com colaboração de Roberto Cerqueira César e Luis Roberto Carvalho Franco.
Fazenda Marambaia, em Petrópolis, Rio de Janeiro (1948);
Parque Generalíssimo Francisco de Miranda, em Caracas, Venezuela (1950);
Cidade Universitária da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro (1953);
Jardim do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais (1953);
Balneário Municipal de Águas de Lindóia, em São Paulo (1954);
Parque do Ibirapuera, em São Paulo (1954);
Fazenda Tacaruna, em Pedro do Rio, Rio de Janeiro (1954);
Jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro (1955);
Projeto de Affonso Eduardo Reidy.
Paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília (1960);
Praça da Cidadania da Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina (1960);
Parque del Este, em Caracas, Venezuela (1961);
Parque do Flamengo (1965);
Equipe multidisciplinar liderada por Lota de Macedo Soares.
Patrimônio Mundial da Humanidade na categoria “Paisagem Cultural Urbana“, título concedido pela Unesco, em 2012.
Paço Municipal de Santo André, em Santo André, São Paulo (1965);
Embaixada do Brasil, em Washington, Estados Unidos (1968);
Palácio Karnak, em Teresina, Piauí (1970);
Aterro da Bahia Sul, em Florianópolis, Santa Catarina (1971);
Calçadão da Praia de Copacabana (na extensão da Avenida Atlântica), no Rio de Janeiro (1971);
Paisagismo da Fazenda Vargem Grande, em Areias, São Paulo (1979);
Jardim no terraço do Banco Safra (1982)
Parque Ipanema, em Ipatinga, Minas Gerais (1990);
Biscayne Boulevard, em Miami, Estados Unidos (1991);
Cascade Garden, em Longwood Gardens, Estados Unidos (1992).
Fig. 6 a 11 (esq. para dir.; cima para baixo): azulejos do Edifício Prudência, Vista aérea do Edifício Gustavo Capanema, Vista aérea dos jardins do MAM Rio, detalhe do Complexo da Pampulha, Vista aérea do calçadão de Copacabana e Vista aérea do jardim do Banco Safra
A projeção profissional de Burle Marx teve alcance internacional, tendo o paisagista sido convidado para desenvolver projetos em diversos lugares do mundo. Abaixo, estão listadas algumas das premiações e honrarias que seu trabalho recebeu - inclusive aquelas que deram-se de maneira póstuma.
Premiações e Reconhecimentos

Prêmio de Arquitetura de Paisagem na 2ª Exposição Internacional de Arquitetura (1953);
Título de Cavaleiro da Ordem da Coroa da Bélgica (1959);
Diploma de Honra, em Paris (1959);
Medalha Santos Dumont, do governo brasileiro (1963);
Medalha de Belas Artes do Instituto Americano de Arquitetos, em Washington (1965);
Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty, em Brasília (1971);
Título de doutor honoris causa do Royal College of Art, em Londres (1982);
Título de doutor honoris causa da Academia Real de Belas Artes de Haia, na Holanda (1982);
Homenagem da escola de samba Independentes de Cordovil, no Rio de Janeiro (1988).
No início de agosto é celebrada a Semana Burle Marx, em Recife (desde 2009)
Título de Patrimônio Mundial da Humanidade na categoria “Paisagem Cultural Urbana“ ao Parque do Flamengo, pela Unesco (2012)
Título de Patrimônio Mundial da Humanidade ao Sítio Roberto Burle Marx, pela Unesco (2021)
Embora inúmeros projetos de Burle Marx mereçam destaque, tanto pela composição estética quanto pelo impacto ambiental e paisagístico que promoveram no espaço, dois foram escolhidos para serem analisados: o Parque do Flamengo e a Fazenda Vargem Grande
Parque do flamengo

Após as demolições dos morros do Castelo, Querosene e Santo Antônio que ficavam na região central da cidade, a área onde recebeu os restos dessas demolições, onde hoje se encontra o Parque do Flamengo, se tornou um espaço vazio e sem objetivo.
A ideia que prevalecia para aquela área era a de transformá-la em um novo bairro ou pistas para o tráfego. No entanto, Lotta de Macedo Soares interviu com a ideia de que ali se tornasse o parque, uma área de lazer que fosse aberta a todos. Lota teve um papel fundamental para que aquela área se tornasse o parque que conhecemos hoje.
Ela, que já que havia morado em Nova York, conhecia a importância do Central Park e de outros parques urbanos. Como idealizadora e articuladora, Lotta assumiu o encargo e mobilizou as pessoas certas formando uma equipe que continha, Affonso Reidy no urbanismo, Burle Marx no paisagismo, Luiz de Mello Filho na botânica, Jorge Machado Moreira e Hélio Mamede com a arquitetura, e Bertha Leitchic na engenharia. Aqui enfoca-se o paisagismo de Burle Marx.

O parque é dividido em um esquema de três faixas principais. A primeira situa-se entre o limite construído da cidade e as vias expressas, onde se encontram os estacionamentos, as quadras esportivas e as áreas de recreação. A segunda faixa contém as vias rápidas e os jardins centrais, enquanto a terceira faixa, que margeia a baía, recebe equipamentos de lazer e abarca atividades associadas à praia em seu entorno.
Para comunicar as faixas entre si, criaram-se passarelas e passagens subterrâneas. No interior do parque estruturaram-se diferentes sistemas de circulação que enlaçam as áreas do parque e a cidade, sem conflitos entre estas.
Fig.15 e 16 : Croquis de Burle Marx para o Parque do Flamengo
O traçado do Parque foi concebido de modo a distribuir as atividades previstas de recreação e educativas, com atrativos cênicos promovidos não só pelo arranjo da vegetação como pelo desfrutar das vistas do entorno. Nesse intuito foi criado um grande passeio para fins contemplativos, que ficou conhecido popularmente como ‘minhocão’, feito em saibro, foram distribuídos diversos tipos de vegetação, com ênfase especial para as plantas arbóreas e palmeiras. Os canteiros localizados ao longo do deste caminho foram configurados em formas geométricas, e receberam bancos que acompanham seu desenho.
No conjunto do Parque do Flamengo encontramos alguns dos mais importantes projetos paisagísticos de Burle Marx como a praça Salgado Filho que se destaca por reunir diferentes espécies, pelo piso mesclado de pedra e gramado e pelo banco de pedra acentuando as formas do canteiro.
O MAM foi a primeira edificação sobre o Aterro, erguido entre 1954 e 1958. O projeto é do arquiteto Afonso Reidy. Uma obra ícone do movimento modernista brasileiro com concreto armado e aparente, muito uso de vidro, pilotis e a estrutura como elemento da forma. Quando Burle Marx projetou os jardins próximos a esse edifício, buscou algo que conversasse com essa linha arquitetônica, com jardins com linhas mais retas, com monólitos em contraponto a ao traçado curvo e orgânico característico de Burle Marx.
Fig. 17 a 24: vistas aéreas do Parque do Flamengo. Museu de Arte Moderna do Rio (MAM) e os jardins de Burle Marx para o projeto de Reidy. Vista das áreas de atividades do parque, como quadras e pista de cooper. Destaque para as vegetações existentes.
A presença de plantas no ambiente urbano é um ato social e ecológico. Social, pois Burle Marx tornou disponível para os milhares de moradores que circulam todos os dias diversas espécies brasileiras, que passaram a ser conhecidas entre as pessoas, espécies que normalmente muitos não teriam acesso. Ecológico, visto que burle Marx via parques e jardins como lugares onde algumas espécies vegetais em risco de extinção seriam preservadas e protegidas. Os principais critérios para as escolhas das espécies do parque foram a estética e a adaptação.
O projeto paisagístico teve como uma das suas principais características a presença constante das palmeiras, são mais de 40 espécies entre nativas e exóticas, com destaque para a corypha, umbraculifera ou talipô. As palmeiras são um elemento que aproxima e integra a paisagem construída à paisagem natural. Em determinados trechos agrupamentos da espécie imprime um ritmo e modulação ao arranjo paisagístico elas ora se firmam como elementos verticais em contraste com a topografia dos jardins ora em touceiras delicadas, deslocando-se ao sabor do vento dando graça e movimento ao conjunto. As palmeiras são uma das expressões mais típicas da flora brasileira que reúnem o maior conjunto de espécies e todo mundo.
O resultado de todo esse esmero foi que em sua inauguração em 1965 esse imenso jardim possui 17 mil árvores de mais de 350 espécies diferentes, sendo 31 novas espécies nativas e exóticas. Com o passar dos anos a ocorrência de cuidados e a falta de consciência ecológica dos governantes e dos frequentadores muitas vezes acarretam perdas de espécies botânicas. Passados 20 anos desde a inauguração, a flora do parque se encontrava ameaçada.
O Parque do Flamengo hoje é um retiro de lazer para cariocas e turistas, certamente o projeto paisagístico de Burle Marx contribuiu muito para esse fim, com sua flora exótica, suas formas orgânicas e sua total integração com o ambiente Burle Marx soube trazer um ar de paraíso para a cidade Maravilhosa.
Fazenda Vargem Grande

A Fazenda Vargem Grande está localizada no pé da Serra da Bocaina, há 20 km de Areias, exatamente na Estrada dos Tropeiros, km 257. O espaço, que abrigava um antigo terreiro de café, em seu centro, recebe a transformação de Roberto Burle Marx em 1973. Clemente Fagundes Gomes, amigo do paisagista, convida-o a projetar um jardim particular em sua residência. O resultado posterior seria um projeto dividido em três níveis, contendo espelhos d'água, esculturas de pedra, quedas d'água e duas piscinas. Aproveitando o antigo sistema natural da fazenda para o lavador de café, Burle Marx desvia canais da nascente para alimentar o jardim, além dos próprios espelhos e quedas d'água, os quais ressaltam a água como um elemento de destaque do espaço além das espécies que seriam ali implantadas.
Enquanto obra, o jardim modifica-se durante cada estação devido à característica própria das mais de 60 espécies de plantas exóticas ou nativas que o compõem, no inverno há a predominância das flores vermelhas, já no verão, são as amarelas. Enquanto as águas ali permanecem trazendo sonoridade ao espaço, em conjunto ao som dos pássaros na Serra. As plantas foram organizadas e distribuídas de forma a compor cores e volumes no conjunto da obra, algumas trazidas de expedições realizadas por Burle Marx, que valorizava e incentivava o uso de vegetação nativa, o que pode ser observado também ao fundo do jardim com a área preservada da Mata Atlântica e como esta paisagem externa acolhe o jardim.
Fig. 26 a 28: Vistas dos níveis do jardim, com destaque aos espelhos d'água
O projeto foi executado de forma a obedecer a estrutura do antigo lavador, mantendo seus 3 níveis e o uso da força da água da nascente descendo a serra. Estes três níveis são marcados pelos seus pontos principais: o primeiro pela queda d'água e seus espelhos, o segundo com foco nas vitórias régias e espécies aquáticas e o terceiro com as piscinas e o bromeliário.
Já no próprio croqui do projeto é possível observar a disposição das massas e os símbolos indicando qual seria o local para as espécies que ele pretendia implantar no local, marcadas pela sua simbologia, além dos traçados de onde seriam os caminhos e seus detalhes geométricos em conjunto com a demarcação de onde seriam os terraços. Importante ressaltar também nas bordas dos croquis a elaboração de detalhes do projeto, com oque parece ser o esboço da volumetria do bromeliário e o esboço da escultura composta de pedra de mó.
O conjunto da obra se utiliza de retas, círculos completos ou arcos de círculo em 180 graus dispostos de forma ortogonal. Em que a própria estrutura geométrica pode ser responsável por marcar os caminhos e unir os terraços geométricos, principalmente aqueles que estão em diferentes níveis, para criar uma unidade para o jardim, recebendo auxílio desses pontos em que um espaço “invade” em razão da sua forma.
Fig. 27 a 31: plantas e croquis de Burle Marx para o espaço. Vista aérea do jardim.
O Bromeliário é o único espaço que não vai apresentar essa ortogonalidade, criando uma oposição e contrastando com a geometria do conjunto, garantindo seu destaque. Seu terraço tem como forma o desenho inspirado em curvas de nível, que são detalhadas no projeto, além da representação nos croquis de Burle Marx, com o desenho da figura humana como referência para a volumetria pretendida para ele, de forma a ressaltar a importância da escala para esse projeto, relacionando o humano, o espaço e a vegetação.
Fig. 32 a 34: croqui do bromeliário. Vistas do espaço construído.
As espécies utilizadas são de diversas regiões, muitas oriundas das expedições realizadas pelo paisagista, e estão entre elas: Bromélias diversas, vitórias-régias, pândalos e Bombax malabaricum. Elas são protagonistas do projeto, trazendo singularidade para cada um dos terraços com suas características, folhagens, cores e volumetria própria.
Em relação a alguns detalhes, as piscinas não apresentam azulejo em seu revestimento e são alimentadas pela água da nascente da Mata Atlântica, tentando ser o mais naturais possíveis ao se alinhar com o entorno. Na piscina infantil há uma escultura de pedra de mó e um repuxo de água, como uma menção da segunda composição de Pedras de mó, antes utilizadas para moer grãos, no meio de uma das travessias, marcando o caminho e um círculo no meio do espelho d'água. O detalhe dessa composição é responsável por manter o vínculo do espaço anterior da fazenda, a retomada do café em um espaço que já não o pertence mais, entretanto mantendo viva sua história.
Fig. 35 a 38: fotos da vegetação e das piscinas naturais implantadas na Fazenda Vargem Grande.
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