Sotero Arquitetos
- ACR 113
- 21 de out. de 2022
- 12 min de leitura
Atualizado: 4 de nov. de 2022
Figura 1 - Adriano Mascarenhas

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
"A busca pela excelência e pelo essencial em cada projeto é uma constante. O traço limpo, leve e elegante, marca o trabalho do escritório.” Mascarenhas, Adriano.
FUNDAÇÃO E BIOGRAFIA
Com 14 anos de trajetória, o escritório de arquitetura e urbanismo Sotero Arquitetos possui diversos projetos memoráveis e, alguns deles, com reconhecimento internacional. Com sua sede localizada em Salvador, às margens da Baía de Todos os Santos, ele foi fundado em 2008 pelo arquiteto Adriano Rapassi Mascarenhas, nascido no ano de 1979, formado em 1999 pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mascarenhas tem passagem na mesma universidade como docente durante 2 anos, além de ter sido orientador de trabalhos de conclusão de curso. Além disso, possui um currículo extenso com participações em mostras e bienais, palestrante convidado de eventos, membro de júris de concursos de arquitetura e bancas de avaliação de trabalhos acadêmicos. Sua aparição mais recente e significativa foi em 2019, sendo palestrante na Graduate School of Design da Universidade de Harvard.
LINHA DE TRABALHO
O nome do escritório retoma a nomenclatura soteropolitano, que é o gentílico para quem é natural de Salvador. Essa intitulação advém da denominação grega para Sotero, que significa Salvador, e polis, que significa cidade. A empresa privada, além de estar em Salvador, possui outro escritório em São Paulo, constituindo-se de 11 a 50 funcionários. De acordo com uma entrevista do sócio fundador dada a revista Arquitetura & Construção, em 2016, ele afirma que o escritório não possui um nicho de atuação específico, devido ao seu desejo em trabalhar com diversas possibilidades de escala.
A estratégia adotada nas produções dos projetos é a priorização da estrutura e do desenho técnico, tendo um compromisso em alinhar saberes construtivos, legislativos e de conforto ambiental. A adequação da edificação com o entorno é um tópico bastante citado por Mascarenhas em entrevistas. O arquiteto preocupa-se em conciliar a estética com a funcionalidade para que possa-se obter a integração com o ambiente, consequentemente aumentando a longevidade das construções. Ainda, ele afirma sobre a importância do urbanismo, ao falar sobre a necessidade das pessoas utilizarem o espaço ao redor da construção.
ESTILO E INFLUÊNCIAS
Segundo falas do próprio fundador, a linguagem usada é feita para se chegar a um resultado de esbeltez e leveza, o que, muitas vezes, traz alguns desafios ligados à técnica construtiva e ao custo, em virtude desse refinamento que é imposto. As limitações intrínsecas do Nordeste, por ser um mercado menos desenvolvido, acabam fazendo parte do resultado estético final da edificação, como estratégia de desenvolvimento da própria empresa.
Os padrões estéticos usados pela Sotero dialogam entre o estilo contemporâneo, modernista e alguns resquícios do brutalismo. Na entrevista dada ao jornal “A tarde”, em 2015, Mascarenhas diz: “Buscamos ser contemporâneos na estética e na técnica, entendendo que pertencemos a uma cultura urbana de um novo século, com novas demandas e consequentemente necessitam de respostas inovadoras”.
Dessa forma, os materiais usados e a linha construtiva do escritório consolidam essa fala, pois, com o uso de concreto armado, madeira, vidro, aço e as adequações com construções da Sotero Arquitetos as questões ambientais, as construções da Sotero seguem a linha contemporânea. O traço moderno é evidente na padronização dos pavimentos, dos pilares localizados nas fachadas (permitindo maior espaço nos interiores) e o uso de pilotis em muitos projetos. Por último, o brutalismo se faz presente no uso de concreto aparente.
Um exemplo de um projeto feito pelo escritório que apresenta esses estilos, apesar dele não ter sido construído, é o Centro de Operações da sede para a Empresa Renova Energia, em Caetité, no interior da Bahia, mostrado nas imagens abaixo. Ele detém vários traçados que foram citados, além da vegetação utilizada ser a do próprio local, composta pela presença de arbustos, herbáceas, gramados e forrageiras.
Figura 2 - Centro de Operações Renova
Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
PROJETOS E RECONHECIMENTOS
A Sotero Arquitetos acumula diversos projetos, entre eles alguns reconhecimentos especiais ao serem premiados e citados em grandes revistas, como livros da editora Taschen (Alemanha) e a revista Architecture Aujourd’hui (França).
PROJETOS (45)
Figura 3 - Foto 1: Casa encontro das águas, 2000; Foto 2: Concurso largo 2 de julho, 2001; Foto 3: Mundo da ciência, 2008; Foto 4: Restaurante Ferraz Gourmet, 2008; Foto 5: Promenade Atlântico, 2009
Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
PUBLICAÇÕES EM REVISTAS (40)
Figura 4 - Revistas Publicadas
Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
PRÊMIOS (11)
Figura 5 - Foto 1: Concurso Praça Cairu, 2001; Foto 2: Restaurante Lafayette; Foto 3: Concurso Biblioteca FDUSP, 2013
Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
PROJETO CASA DO BOMBA
Figura 6 - Fachada Frontal

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
FICHA TÉCNICA
Arquitetos: Sotero Arquitetos
Ano : 2012 – 2014
Fotografias : Leonardo Finotti
Fabricantes : Ecotelhado, Demuner, Helvética, Imegra, Marcenaria, Zanchet
Autor : Adriano Mascarenhas
Equipe : Helder da Rocha, João Guedes e Fernanda Cruz Rios.
Coordenação : Saulo Coelho
Projeto De Interiores E Iluminação : Sotero Arquitetos
Construção : Jaime Villas Boas
Projeto Estrutural : Ruy Bentes Engenharia de Estruturas
Projeto De Instalações : Producto Engenharia
Localização: Vale do Capão – Palmeniras/ Bahia
Coord. Geográfica: 12°39’12.8″S 41°29’26.2″W
Status: Construído
Área do Terreno: 12.000 m²
Área Construída: 320,00 m²
CONTEXTO
A Casa do Bomba está localizada em um sítio no estado da Bahia, com seus 320.00 m², ela vive em meio a Chapada Diamantina, uma região de altas altitudes a cerca de mil metros acima do nível do mar. O terreno está afixado em um parque com o mesmo nome “Parque da Chapada Diamantina", um refúgio em meio ao caos da cidade com um tamanho médio de cerca de 152 mil hectares, tendo seu espaço dividido entre as áreas de seis municípios. A paisagem do local conta com diversas maravilhas da natureza, com destaque às lindas cachoeiras, montanhas, cânions, grutas e rios, além da paisagem natural regada pela mais bonita fauna e flora típicas do nordeste brasileiro.
O espaço no entorno da construção é chamado de “Vale do Capão”, um dos vales do município de Palmeiras, o Capão é um possível caminho de encontro para as trilhas turísticas que adentram na região. Na parte mais baixa do vale localizamos um estacionamento e o acesso à residência se dá posteriormente a esse estacionamento após a subida de uma dessas trilhas, encontrando por fim uma escada que ingressa para moradia. A esquerda da escada que nos adentra a Casa do Bomba estão dispostos os cômodos de varanda, sala de estar, sala de jantar, cozinha, despensa, suíte, sanitário, lavabo, jardim e área de serviço; já a esquerda encontramos uma segunda varanda, outra suíte juntamente com seu sanitário, além de um cômodo chamado de espaço zem.
A casa também dispõe de um segundo andar composto por um deck e um conjunto de lajes impermeabilizantes revestidas por materiais amadeirados e gramados que se juntam à paisagem natural do ambiente, dando a impressão de que a casa é um elemento natural e não uma intervenção proposta pelo homem. A distribuição dos cômodos e estrutura da planta mantém premissas da matematização e da criação de um nível único distribuído a partir de um traçado leve, contínuo e geometrizado, variando-se somente em uma linha principal que corta transversalmente a planta do edifício, de forma a ligar os dois blocos que constituem a edificação.
Figura 7 - Planta de cobertura

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 8 - Planta Baixa do segundo pavimento

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
IMPLANTAÇÃO
Por estar situada em meio a uma área de vales de altas altitudes, o terreno escolhido para implantação da residência apresenta características montanhosas e pedregosas, de forma a não se ter muita planimetria topográfica. A implantação da edificação foi realizada em uma área mais elevada do Vale do Capão, a partir de um volume frontal suspenso ao solo por pilotis e um conjunto posterior encaixado ao terreno por um pequeno corte no topográfico, gerando então dois blocos monolíticos deslizantes. Essa estratégia de implantação foi a forma encontrada pelo escritório de resguardar a construção de possíveis ações da umidade provenientes do Vale, além de poder preservar a topografia natural do terreno ao seu máximo e seguir as curvas de nível do mesmo, visto que são necessários menos cortes ou aterros seguindo esse método construtivo.
O loteamento tem proximidade ao rio que corre naquela região, ele está em aclive e possui vista privilegiada ao Morro do Branco em sua porção frontal. O resultado final dado então é uma casa situada por um pequeno corte topográfico na sua porção posterior e um volume suspenso pelos dois pilotis a cerca de 3,50 metros na sua porção frontal, gerando um elemento humano que se mistura à natureza do Capão.
Figura 9 - Planta Baixa do segundo pavimento

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
Figura 10 - Fachada Esquerda do Bloco Esquerdo

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
SISTEMA CONSTRUTIVO
A construção da casa do bomba segue duas premissas, a primeira é o volume suspenso, a fim de evitar problemas com a umidade presente no solo e preservar a topografia, e a segunda é a definição de um partido longitudinal ao terreno, tendo em vista a limitação do espaço do mesmo que impediria uma distribuição transversal que respeitasse a topografia.
Tendo em vista a localização do terreno ser bem acidentada foi necessário pensar na melhor maneira de executar a construção pensando não somente na logística do projeto mas no impacto no local. Por conta disso, foi descartada a ideia inicial de utilizar peças estruturais de madeira laminada, substituindo a ideia pelo uso do concreto armado moldado in loco que seria de mais fácil aplicação apesar de apresentar uma execução mais lenta.
Ainda pensando em minimizar as intervenções na topografia original do terreno, foi proposto a diminuição dos pontos de apoio do corpo principal da casa. dessa forma, foram feitos dois pilares cilíndricos apoiando duas vigas invertidas que atravessam toda a extensão longitudinal da casa e avançam em balanço de cinco metros sobre o terreno. estas vigas também suportam a laje da varanda principal com o apoio de tirantes metálicos. Ademais, a ausência de vigas sob a laje e o uso dela sem outros acabamentos, permitiu o uso de toda a medida do pé direito trazendo leveza e fluidez para a edificação.
Figura 11 - Corte DD e Corte AA

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Outro aspecto construtivo importante sobre a residência é seu layout eficaz e inteligente, composto por um corpo principal e um anexo, como foi citado no parágrafo inicial, mas a parte mais interessante é a possibilidade de expansão da edificação com a criação de novos anexos. Em agosto de 2021 foi inaugurado o anexo da área gourmet, desligado estruturalmente da construção original, porém no mesmo terreno. Ademais, também há um projeto de um anexo spa pronto para ser executado, mostrando a eficiência do projeto e sua versatilidade.
Figura 12 - Anexo - área gourmet

Fonte: Instagram Sotero Arquitetos
Figura 13 - Anexo - área de Spa

Fonte: Instagram Sotero Arquitetos
Em relação ao funcionamento luminotécnico da residência o arquiteto expõe que “as luminárias de teto tiveram de ser necessariamente de sobrepor, devido à utilização de laje maciça em concreto armado”. Além disso, a casa conta com sistema solar fotovoltaico de captação de energia e sistema de reaproveitamento de água da chuva, soluções interessantes em relação à sustentabilidade.
Figura 14 - Vista superior

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
MATERIALIDADE
O projeto foi pensado para se misturar à paisagem natural do terreno, como se a construção surgisse de dentro da rocha, para isso foi utilizado o concreto armado aparente, madeira e pedras da região, a fim de trazer um caráter mais natural, apesar da grandiosidade estrutural da proposta.
O concreto armado é usado na sua forma bruta e aparente para assemelhar-se à "pedra concebida pelo homem”. A laje da varanda feita desse concreto com 15cm de altura é atirantada por cabos metálicos na viga de concreto da cobertura. A madeira também é colocada como forma de trazer essa ligação com a natureza e está presente nas esquadrias exteriores, que são de madeira com acabamento natural e vidro transparente, nos painéis externos e nos acabamentos internos do piso e marcenaria.
Figura 15 - fachada lateral

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
É notável também as texturas presentes no acabamento das paredes. Nas externas o concreto é texturizado de uma maneira que dá continuidade ao padrão da madeira das esquadrias, e na parte interna, apesar de ser um acabamento bem liso, ainda é possível ver algumas marcas das formas do concreto armado, características essas que podem ser consideradas resquícios do um brutalismo.
Figura 16 - Vista interna a partir da varanda

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Os materiais são os protagonistas nesse projeto, relacionando a construção com a área ao seu redor e criando uma unidade entre as construções anexas. além disso o arquiteto faz essa escolha dos materiais pensando na dimensão temporal de cada um deles, como citado no site Archdaily: “o comportamento de cada elemento ao longo dos anos transformará o artefato arquitetônico num componente amalgamado à paisagem.”
MATERIAL GRÁFICO COMPLEMENTAR
Plantas, Cortes e Vistas
Figura 17 - Implantação

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 18 - Vista A e B

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos (Imagem Manipulada)
Croquis
Figura 19 - Croqui 1

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 20 - Croqui 2

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 21 - Croqui 3

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 22 - Croqui 4

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Fotografias
Figura 23 - Fachada Frontal

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
Figura 24 - Visão da Entrada de Acesso

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
Figura 25 - Vista Interna 1 Bloco Esquerdo Sala de Estar

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
Figura 26 - Vista Interna Bloco Esquerdo Sala de Jantar/ Cozinha

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
Figura 27 - Vista Jardim Interno da Entrada

Fonte: ArchDaily/ Leonardo Finotti
PROJETO TECNOCENTRO
Figura 28 - Fachada da Entrada Principal

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
FICHA TÉCNICA
Ano: 2008 – 2012
Localização: Parque Tecnológico da Bahia – Salvador/Bahia
Coord. Geográfica: 12°55’23.8″S 38°23’16.5″W
Status: Construído
Área do Terreno: 12.283,27 m²
Área Construída: 24.500,00 m²
Autor: Adriano Mascarenhas
Colaboradores: Pablo Maurutto, Saulo Coelho, André Biselli, Álvaro Cardoso, Carolina Zanetti, Lucas Mucarzel e Larissa Macedo
Construção: Construtora NM LTDA
Estrutura: Clodoaldo Freitas
Lógica e Telefonia: Roberto J. Trigo Boente
Instalações Elétricas: Cereno Muniz
Instalações Hidrossanitárias: Globo Engenharia
Ar Condicionado: Termocontrol
Paisagismo: Emejotaefe
CONTEXTO
O Parque Tecnológico da Bahia está implantado numa área que, no total, tem mais de um milhão de metros quadrados, situado no principal eixo de expansão da cidade de Salvador, onde ainda há forte presença da vegetação nativa.
Figura 29 - Vista do Parque Tecnológico e Tecnocentro ao fundo

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Com 24,5 mil m² de área construída entre praças e edificações, o TecnoCentro, batizado assim pelo Governo do Estado, tem como principal objetivo ser a peça central e dinamizadora do Parque Tecnológico, abrigando centros de pesquisa e instituições, além de incubadoras e empresas de base tecnológica, tendo como áreas prioritárias Biotecnologia e Saúde, Tecnologia da Informação e Energia.
IMPLANTAÇÃO
Primeiro edifício concluído do Parque, ele traz infraestrutura completa para as atividades das instituições. Nele serão oferecidos serviços especializados como o núcleo de propriedade intelectual, centro de inteligência de mercado e incubadora de empresas. Contará ainda com o órgão gestor do Parque Tecnológico da Bahia e laboratórios compartilhados, salas de treinamentos e espaços de apoio, convenções e exposições, bem como áreas de convivência, como cafés e lounges.
O projeto está subdividido em 05 elementos; o edifício principal é composto por 03 níveis de garagem, térreo e 04 pavimentos com salas. A biblioteca é interligada por uma rampa pelo nível do térreo do edifício principal. Ela tem 02 pavimentos e é composta por salas de estudo, multimídia e área de acervo. O restaurante está no nível da garagem 01 e a academia está situada no nível 27.15, interligada também pela 2ª garagem.
Figura 30 - Corte Seção Transversal

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
A Oficina está situada, no último nível da praça (nível 24.15), juntamente com o anfiteatro. Como pressuposto urbanístico e arquitetônico o edifício principal foi implantado em uma área de maior capacidade de aproveitamento construtivo e de grande potencial panorâmico, através de soluções que criaram volumes livres e "flutuantes", aproveitando a topografia e os elementos paisagísticos.
Figura 31 - Fachada Lateral Direita

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
As salas são equipadas com facilidades como piso elevado, sendo. O uso racional de recursos é potencializado por estruturas como a iluminação zenital e a ventilação natural cruzada. Os fundamentos são interação, complementaridade e sobreposição de ambientes internos e externos, públicos e privados.
Os espaços de conexão, definidos pelas circulações e pelos locais de estar, definem-se em espaços abertos, favorecendo as relações entre ambientes externos e internos, possibilitando a multiplicação dos contatos e evitando o confinamento das pessoas em áreas restritas. virtuarium – sala de projeção aberta ao público.
Figura 32 - Planta do térreo

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
São, ao todo, 30 mil m² de área construída o percurso do sol e permite a passagem controlada de luz e ventilação natural. O edifício está capacitado para utilizar energia solar e aproveitar águas pluviais. Além disso, o prédio será rodeado por uma grande massa de vegetação nativa, que será preservada.
SISTEMA CONSTRUTIVO
A obra é estruturada principalmente em concreto armado e alguns elementos em aço.
O aço é encontrado nas estruturas de cobertura e nos braços dos pilares. Os braços são necessários como suporte, pois os pilares possuem 20 metros de altura e precisam ser apoiados em pelo menos três pontos. Aproveitando o contexto, fizeram os braços remetendo às árvores encontradas no parque.
Figura 33 - Vista da parte posterior do prédio

Fonte: site alôalô Bahia
A edificação é dotada de piso elevado, iluminação zenital, ventilação cruzada, fachada ventilada, calhas de captação, jardim de inverno e espelho d'água.
Figura 34 - Mecanismos de conforto ambiental

Fonte: site Sotero Arquitetos
MATERIALIDADE
A obra é majoritariamente feita de concreto, presente em toda sua estrutura (paredes, lajes, vigas e pilares), possui vidro nas janelas, estruturas de cobertura e braços de pilares são feitos de aço, fachada revestida de cerâmica e placa cimentícia, e alumínio presente no volume acima dos pilares e nos brises de proteção e laterais.
Figura 35 - Vista frontal/lateral do edifício

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
MATERIAL GRÁFICO COMPLEMENTAR
Pranchas
Figura 36 - Prancha 1

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 37 - Prancha 2

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 38 - Prancha 3

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Figura 39 - Prancha 4

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Fotografias
Figura 40 - Vista Interna do Tecnocentro

Fonte: ArchDaily/ Sotero Arquitetos
Autores: Gabrielle Vieira da Silva Dias, Luiz Miguel Biana Santiago Lopes,
Luiza Alberto Barbosa, Luiza de Oliveira Pereira, Nathália Letícia Silva Wenceslau
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Archdaily / Casa Bomba. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/768974/casa-do-bomba-sotero-arquitetos> Acesso em 19 de set 2022.
Archdaily / Tecnocentro. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/01-89494/tecnocentro-slash-sotero-arquitetura-e-urbanismo?ad_source=search&ad_medium=projects_tab > Acesso em 19 de set 2022.
Soteroarquitetos / Casa Bomba. Disponível em <https://soteroarquitetos.com.br/project/casa-do-bomba/ > Acesso em 19 de set 2022.
Soteroarquitetos / Tecnocentro. Disponível em <https://soteroarquitetos.com.br/project/tecnocentro/ > Acesso em 19 de set 2022.
QUAIS as diferenças entre arquitetura moderna e contemporânea? Mendes, Balneário Camboriú, 8, outubro de 2021. Disponível em: <https://mendes.life/arquitetura-moderna-e-contemporanea/> Acesso em 20 de set. 2022.
Soteroarquitetos - Tecnocentro | Leonardo Finotti. Disponível em:<http://www.leonardofinotti.com/projects/tecnocentro >. Acesso em: 23 set. 2022.
Soteroarquitetos - Casa do Bomba | Leonardo Finotti. Disponível em: <http://www.leonardofinotti.com/projects/casa-do-bomba/image/51805-140919-047d >. Acesso em: 23 set. 2022.








































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